Vanera

Música Regional Gaúcha

A origem da vanera remete ao ritmo cubano habanera ou havaneira em algumas traduções para o português, é um estilo musical criado em havana.

Vanera

A habanera foi a primeira música genuinamente afro-latino-americana, que foi levada de Cuba para salões europeus por volta do século XVII. Foi sofrendo alterações em sua estrutura básica devido aos arranjos que lhe deram os músicos da Europa e assim, alterada, voltou às Américas através dos imigrantes portugueses e espanhóis por volta de 1866.

Da habanera derivam diversos ritmos, dentre eles a vanera gaúcha, muito popular nos bailes do Sul do Brasil.

Da habanera para atual vanera, várias modificações foram feitas, na grafia e no andamento bem mais rápido, para se tornar bailável. Ao longo do tempo os conjuntos de baile gaúchos (fandangos) vêm desenvolvendo com sua experiência e criatividade vários padrões rítmicos em seus instrumentos típicos: acordeon, guitarra, baixo, bateria e pandeiro. Quer em suas apresentações ou em suas gravações. 

A vanera conquistou um espaço privilegiado nos bailes gaúchos, sendo hoje, presença marcante e obrigatória em qualquer fandango que se  preze. Com alterações de andamento na execução, surgiram diversas variantes: vaneirão, vaneirinha.

 A vaneirinha é uma variante criada pelos gaiteiros gaúchos. Seu ritmo é executado um pouco mais rápido que a vaneira e mais lento que que o vaneirão.

Os passos da vaneirinha são idênticos aos da vaneira, dançados um pouco mais rápidos. O grupo Os Mirins se destacava na vaneirinha.  Seus maiores sucessos são Vaneirinha da Saudade e Vaneirinha do Amor.

O vaneirão é uma variante da veneira. Sua música é executada num ritmo rápido e é o que o distingue da vaneira e da vaneirinha.

Os passos de vaneirão são iguais aos passos da vaneira, apenas com um andamento mais rápido.

Também conhecido como limpa banco, o vanerão, presta-se à habilidade do gaiteiro de gaita piano ou botonera, sendo assim muitas vezes um tema instrumental. Quanto à forma musical o vanerão pode ser construído em três partes, utilizado em ritmos tradicionais brasileiros como o choro e a valsa. 

Quando cantado, dependendo do andamento e da divisão rítmica da melodia, exige boa e rápida dicção por parte dos intérpretes. O vanerão com sua vivacidade exige bastante energia, tantos dos músicos, como dos bailadores de fandango.